Uma lista direta sobre quais as melhores versões de entrada de compactos automáticos do mercado em 2024, apostando no custo-benefício como principal argumento.

Bons e baratos: os 5 melhores compactos baratos para comprar em 2024.

Conforme o tempo passa, cada vez mais aumenta a porcentagem de modelos automáticos que são vendidos no Brasil, em relação aos manuais. Atualmente, cerca de 60% dos modelos novos comercializados contam com apenas dois pedais, mostrando que cada vez mais os brasileiros vêm optando por esse tipo de modelo. Em outros mercados, como o dos EUA, esse processo já ocorreu a muitos anos atrás, e é uma tarefa difícil encontrar modelos com transmissão manual, mesmo no mercado de usados. Por lá, é permitido até tirar carteira dirigindo carros automáticos, o que resulta em a maioria dos motoristas nem ao menos saber como operar um modelo com embreagem. Por aqui, os modelos automáticos demoraram para começar a ganhar espaço, muito por questões de custo de combustível, alto custo e preconceito do mercado, que é muito avesso a novas tecnologias. De qualquer maneira, atualmente muita gente faz questão de que o carro estacionado na garagem seja um automático, o qual garante mais conforto durante a direção. Se você parar para pensar no trânsito de cidades muito grandes, como é o caso de São Paulo, cidade na qual muita gente fica presa em congestionamentos por horas, andando e parando, não é difícil entender o motivo de tanta gente preferir o conforto dos automáticos. Primeiramente, os modelos que contavam com esse tipo de transmissão eram os mais caros, normalmente da categoria de médios. Fato é que os câmbios automáticos elevavam consideravelmente o preço de modelos, e, assim, não fazia sentido implementar ele em modelos de entrada baratos, uma vez que eles ficariam muito caros. Mesmo entre os médios, era comum encontrar versões com câmbio manual, como era o caso de modelos como o Ford Focus e o Chevrolet Vectra, os quais contavam com opção de transmissão manual ou automática mesmo nas versões topo de linha. Algumas marcas tentaram implementar sistemas que automatizassem as trocas de marcha e fossem mais baratos, mas nenhum deles deu muito certo. Estão nessa lista a Fiat, com o Dualogic, Chevrolet com o Easytronic, Volkswagen com o I-motion e a Renault com o EasyR. Como essa tentativa deu errado, as empresas decidiram começar a implementar, devagar, transmissões automáticas, começando por versões topo de linha dos compactos e, a partir daí, todos sabem a história. Hoje em dia, existem compactos que nem ao menos oferecem opção de câmbio manual, como é o caso do <a href="https://virgola.com.br/honda/city-hatch-2024" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">Honda City Hatch</a>. O foco dessa lista é apontar os cinco melhores compactos com câmbio automático em suas versões mais baratas, para quem faz questão de aposentar o terceiro pedal e quer pagar o mínimo possível por isso. <h2><a href="https://virgola.com.br/informacoes/8340de14-17eb-4ae7-b464-c5d9e28fe718" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">Hyundai HB20 Sense 1.0 Turbo Automático</a></h2> <img src="https://static.virgola.com.br/images/HB20-frente.jpg-5007.jpeg" alt="HB20-frente"> Por muito tempo o HB20 não teve uma versão “de entrada” com câmbio automático. Claro que, se pensarmos que a versão de entrada é a mais barata, então ele tinha, mas em termos de posicionamento de mercado, ele estava de fora, como, inclusive, é o caso do irmão <a href="https://virgola.com.br/hyundai/hb20s-2024" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">HB20S</a>. O ponto é que o HB20 tem bom comércio e estava de fora de uma parcela do mercado cada vez mais representativa, que é a dos compactos automáticos mais baratos possíveis. Muita gente faz questão desse tipo de comodidade, mas quer pagar o mínimo possível, e o fato de a Hyundai ter providenciado uma versão de entrada nesses moldes mostra que a empresa acredita no potencial do produto de ganhar esse cliente. A versão Sense surgiu junto com a reestilização do modelo em 2019, para ocupar o papel de versão mais simples com motorização 1.0 e câmbio manual. A lista de equipamentos não é das mais completas, mas isso é padrão das versões de entrada de compactos, que são muito pensadas para frotistas.&nbsp; Como destaque, podemos apontar o fato de ele contar com seis airbags, mostrando um cuidado da Hyundai no quesito segurança, além das rodas de liga-leve de 16 polegadas e repetidores de seta nos retrovisores, que deixam o modelo com visual externo muito interessante.. Por outro lado, outros itens ficaram de fora da lista de equipamentos do modelo para que ele custasse menos, como os vidros elétricos traseiros e a central multimídia, que dá lugar a um rádio simples, além da chave ser canivete e não presencial como acontece em outras versões do modelo. O grande ponto dessa versão, claro, é o conjunto mecânico, que é composto pelo motor 1.0 turbo associado ao câmbio automático de seis marchas com conversor de torque. Com funcionamento muito sereno, muitas vezes as mudanças de marcha não são nem sentidas, fruto do ótimo trabalho da Hyundai em alinhar o motor com a transmissão. <h2><a href="https://virgola.com.br/informacoes/75ecff7f-a1ce-4bb1-8067-d975968c1445" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">Fiat Argo Drive 1.3 Automático</a></h2> <img src="https://static.virgola.com.br/images/fiat-argo-drive-1.3-2023.jpg-2309.jpeg" alt="fiat-argo-drive-1"> O Argo é o automático mais barato do Brasil, e isso, por si só, já é um excelente marketing para o modelo. Fato é que a Fiat fez um excelente trabalho ao reposicionar o modelo, que, caso custasse o mesmo preço que os concorrentes, provavelmente venderia muito mal por estar ultrapassado. Isso porque o Argo é praticamente o mesmo carro desde que foi lançado, em 2017, acumulando sete anos nas costas sem grandes revoluções. Claro que ele passou por mudanças, como por exemplo ter ganho o motor 1.3 Firefly e a transmissão automático do tipo CVT para substituir a automatizada GSR, mas no geral, tanto em desenho quanto equipamentos, ele ainda é o mesmo carro, com a mesma opção de central multimídia, o mesmo painel analógico e etc. É até curioso que, apesar de ser mais antigo do que gerações mais recentes de seus concorrentes, o acabamento do Argo é até melhor do que dos outros. Não são materiais macios ou revestidos, mas ao menos eles têm uma aparência melhor do que os plásticos usados, por exemplo, pela Chevrolet no <a href="https://virgola.com.br/chevrolet/onix-2024" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">Onix</a>. A lista de equipamentos não arranca suspiros, mas dá atenção para pontos diferentes do que acontece, por exemplo, no <a href="https://virgola.com.br/hyundai/hb20-2024" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">HB20</a> Sense. No Argo, temos central multimídia e vidros elétricos nas quatro portas, mas o modelo conta com apenas os dois airbags obrigatórios por lei, o que mostra um deslize da Fiat na questão, que, inclusive, levou um puxão de orelha do Latin NCAP quando o órgão testou o Argo e deu zero estrelas para o modelo. O motor 1.3 tem funcionamento muito suave e trabalha de maneira muito harmoniosa com o câmbio automático do tipo CVT garantindo bom consumo de combustível e um desempenho razoável. Não temos, por aqui, as acelerações vigorosas dos modelos turbinados da lista, mas o ponto do Argo é o conforto, e nesse quesito ele se vira muito bem. Vale pontuar, ainda, o ótimo ajuste de suspensão, tópico que é especialidade da Fiat, e filtra muito bem as imperfeições do solo, garantindo um rodar muito confortável. <h2><a href="https://virgola.com.br/informacoes/e2e25835-a708-4e64-a0f5-3e40023de103" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">Chevrolet Onix 1.0 Turbo Automático</a></h2> <img src="https://static.virgola.com.br/images/Onix-Turbo-LS.jpg-1388.jpeg" alt="Onix-Turbo-LS"> O Onix foi o compacto que começou essa história de oferecer uma versão automática pelo menor preço possível. Quando a nova e atual geração do modelo chegou, em 2019, ela já trouxe duas configurações de entrada, voltadas para quem não liga tanto para itens de série. Ambas não contam com uma nomenclatura, como é o caso de outras versões como LT, LTZ, etc. Popularmente, porém, elas ficaram conhecidas como versão LS, que é o nome dado normalmente às versões de entrada de modelos da Chevrolet. O principal público alvo dessas versões era frotistas, mas a quantidade de concorrentes que lançaram versões similares, mais simples e automáticas, mostra que o Onix fez bastante sucesso nessa versão para o público geral. Fato é que existem pessoas que fazem questão do câmbio automático, seja por preferência ou necessidade, mas não querem ou não podem gastar tanto em versões topo de linha de compactos, e o Onix foi o responsável por abrir essa porta que liga os clientes aos modelos. O grande destaque do modelo é o conjunto mecânico, composto pelo motor 1.0 turbo e câmbio automático de seis marchas com conversor de torque. Esse motor tem uma concepção um pouco diferente dos outros turbinados do mercado, já que usa um sistema de injeção indireta, como é usado na maioria dos carros sem turbo. Isso dá mais robustez ao motor contra combustíveis de qualidade duvidosa, porém diminui a eficiência dele, justificando o motivo de o número de potência do Onix não ser dos melhores. O desempenho dele é apenas adequado, mas o consumo de combustível torna ele um destaque, já que por muitos anos ele foi o carro mais econômico do país. Infelizmente, em termos de equipamentos, ele não brilha, trazendo apenas o básico de conforto. Faltam itens como o ajuste elétrico dos retrovisores e a central multimídia, mas outros como vidros elétricos nas quatro portas, chave canivete e ar-condicionado são de série. <h2><a href="https://virgola.com.br/informacoes/841a0998-7241-400c-b513-955327e068e2" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">Peugeot 208 Allure 1.0 Turbo Automático</a></h2> <img src="https://static.virgola.com.br/images/peugeot-208-style-1.0-2023.jpg-5289.jpeg" alt="peugeot-208-style-1"> O 208 com motor 1.0 turbo é a novidade mais recente do mercado de compactos, e é uma das melhores compras dessa faixa de preço. É fato que a atual geração do modelo tem muitas qualidades, como por exemplo a ótima lista de equipamentos, o melhor acabamento da categoria e a plataforma moderna. Quando essa geração pisou pela primeira vez no Brasil, em 2020, as opiniões da mídia como um todo foram muito semelhantes: era um excelente carro em termos de construção, mas deixou a desejar no motor, que era o antigo 1.6 aspirado, o qual está em linha já faz duas décadas. Agora, por outro lado, esse problema foi resolvido, com a adoção do motor 1.0 turbo associado ao câmbio automático CVT, ambos de origem Fiat Assim, muitas das críticas feitas por tanta gente em relação aos produtos da Peugeot caem por terra. Basicamente, elas se resumem a questionar a qualidade dos motores dos modelos, e o conjunto adotado agora no 208 é o mesmo usado em modelos da Fiat, que faz parte do grupo Stellantis, mesmo grupo dono da Peugeot. De resto, não cabem muitas críticas ao modelo, que, diga-se de passagem, é muito parecido com o que é vendido na Europa. Isso é um diferencial frente aos outros modelos do mercado que não são nem sequer comercializados nesses mercados mais exigentes. Quem anda em um 208 percebe que está em um produto de qualidade construtiva superior, e vale lembrar que, apesar de ser uma versão de entrada com preço competitivo, a Peugeot não enxugou tanto a lista de equipamentos do modelo, deixando ele tão equipado quanto uma versão intermediária dos concorrentes. Cabem, por fim, duas observações a respeito do modelo. A primeira é que ele tem o motor 1.0 turbo mais forte do mercado debaixo do capô, e isso tem uma implicação muito boa, que é o fato de ele ser o compacto mais rápido do mercado (desconsiderando a versão esportiva do <a href="https://virgola.com.br/volkswagen/polo-2024" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">Volkswagen Polo</a>, que é bem mais cara). A segunda é um ponto muito negativo do modelo, que é o espaço interno bastante reduzido, tornando a vida de quem viaja atrás, caso tenha maior estatura, bastante complicada. Falta espaço tanto para ombros quanto para pernas, tornando o 208 um ótimo carro para quem costuma andar sozinho ou com no máximo mais alguém no banco do carona. <h2><a href="https://virgola.com.br/informacoes/8ffac75c-6135-4239-8b2a-fd0d7fa217a9" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">Toyota Yaris XL 1.5 Automático</a></h2> <img src="https://static.virgola.com.br/images/Yaris-XL.jpg-7767.jpeg" alt="Yaris-XL"> O Yaris é um caso muito curioso do mercado nacional, afinal, apesar de ser um Toyota, o modelo nunca foi um grande sucesso, mesmo que, teoricamente, existisse uma demanda grande por ele antes do seu lançamento. Isso porque muita gente queria um sedã menor do que o <a href="https://virgola.com.br/toyota/corolla-2024" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">Corolla</a>, porém não tão cru quanto o Etios Sedan, e a Toyota decidiu preencher essa lacuna com a linha Yaris, tanto hatch quanto sedã. Então, ela posicionou os modelos como compactos premium, o que foi um grande erro, já que, na prática, o Yaris não deveria ser mais do que a nova geração do Etios. Isso não quer dizer que ele seja um modelo ruim ou mal construído, afinal, o Etios cansou de provar sua robustez rodando milhares de quilômetros nas mãos de consumidores sem dar qualquer dor de cabeça, mas o Yaris não tinha qualidades suficientes para valer o preço a mais cobrado. O modelo hatch não convencia muitas pessoas de que valia o que cobrava a mais do que um Etios, que tinha o mesmo conjunto mecânico e lista de equipamentos muito parecida, mas cobrando menos. No final das contas, o Yaris mais parecia um Etios bonito e muito mais caro, e quem comprava esse tipo de carro estava de olho principalmente no custo-benefício, que não era bom no compacto premium. A versão sedã do Yaris sofria ainda mais, pois além de não convencer muita gente que pensava em um Etios Sedan, ainda perdia vendas para o <a href="https://virgola.com.br/toyota/corolla-2024" rel="noopener noreferrer" target="_self" style="background-color: transparent;">Corolla</a>, que custava um preço não muito distante na versão de entrada. A Toyota reposicionou ambos os modelos durante a pandemia, e ele se tornou um excelente negócio para quem está querendo um carro para usar por muito tempo. Isso porque ele é equipado com o motor 1.5 aspirado associado a um câmbio automático CVT, conjunto muito conhecido pela excelente robustez e baixa manutenção. Além disso, a lista de equipamentos não deixa faltar nenhum item básico, ao contrário de alguns concorrentes que cortaram itens básicos como a central multimídia para baratear seus produtos. No final das contas, o Yaris é o pacote completo para quem busca uma versão automática mais barata possível. Ele é confortável, relativamente bonito, muito confiável e com uma lista de equipamentos razoável, e, de quebra, ainda compete pelo posto de carro automático mais barato do mercado.

Bons e baratos: os 5 melhores compactos automáticos de entrada para comprar