Atualizado em 07/12/2023

A Honda é uma das marcas do mercado brasileiro que ostenta uma reputação excelente frente aos seus clientes. É claro que outras marcas como Chevrolet, Hyundai ou Nissan são bem avaliadas pelos seus consumidores, mas nenhuma delas consegue criar uma fidelidade tão grande dos clientes quanto a Honda e sua eterna arquirrival japonesa, Toyota, fazem.

Fato é que a fama dessas marcas não chegou à toa, mas é fruto, na verdade, de anos de excelentes produtos vendidos e ótimas políticas de atendimento aos clientes. Não é nada difícil encontrar pessoas que tiveram modelos de várias marcas e, após comprar seu primeiro Honda, não compraram mais carros de outras, afinal, no final das contas, o tipo de cliente que compra esses carros é o que não quer dor de cabeça de maneira alguma, e nisso a Honda é mestre.

Ter uma boa visão do mercado a respeito da sua marca tem outros pontos positivos. Como os Hondas são tidos como modelos muito robustos, o valor dos usados da marca costuma ser superior ao de concorrentes, o que acaba atraindo mais público. Isso porque, apesar de às vezes eles serem um pouco mais caros que os concorrentes, na hora de vender, alguns anos depois, eles são consideravelmente mais caros, assim se tornando melhores negócios, financeiramente falando. Isso ainda é acrescido ao fato de que esses anos nos quais a pessoa fica com o carro, ela aproveita a paz de ter um modelo muito robusto e honesto na garagem, que cumpre suas funções de maneira excepcional e não dá dor de cabeça nenhuma.

Se você está querendo levar para casa seu primeiro Honda, ou quem sabe já está incluído nesse grupo de quem só troca um modelo da marca por outro, vamos te apresentar as cinco opções de modelos mais baratos da Honda, por ordem de preço, para você analisar qual atende melhor às suas expectativas.

Honda City

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O Honda City foi lançado em 2009 no Brasil para atender a uma demanda que cresceu muito no país, principalmente após o lançamento da oitava geração do Civic, em 2006. Muita gente pedia que a marca japonesa lançasse um sedã menor do que o Civic para competir no segmento de compactos, e foi atendendo a esses pedidos que a Honda trouxe para cá o City.

Atualmente, o modelo conta com três versões e tem preços partindo de R$ 120.000 na versão EX, que é a de entrada. O modelo tem como destaque a economia de combustível proporcionada pelo motor 1.5 aspirado de 126 cavalos com sistema de injeção direta de combustível, o que é algo bastante incomum no mercado nacional. Ele sempre foi conhecido pelo bom consumo, mas se superou nessa geração.

O lado ruim disso fica por conta do desempenho, que não é nada espetacular. Apesar de não ser lento, não se pode esperar, também, o vigor das acelerações de modelos com motorizações turbinadas. Fora isso, o modelo conta com um excelente espaço interno e porta-malas, exercendo com muita eficiência o seu papel de sedã familiar.

Honda City Hatch

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Apesar de ser menor do que o irmão sedã, o City Hatch tem preço base mais alto do que o outro, e isso se deve pelo fato de que sua versão de entrada é a EXL, que é a intermediária do sedã.

O City Hatch chegou ao mercado com a difícil tarefa de substituir o Fit, que tinha uma legião de fãs. Mesmo que seu estilo não fosse agradável para todo mundo, muita gente que comprava o modelo acabava se apaixonando por ele, tanto pela robustez mecânica quanto pela praticidade do modelo por conta do excelente aproveitamento de espaço interno e pela mobilidade dos bancos.

O monovolume deu adeus ao mercado em 2021, e recaiu sobre os ombros do City Hatch, modelo que nunca havia existido, a responsabilidade de atender a esses clientes fiéis, além de conquistar novos, com seu design mais agradável a mais pessoas. O posicionamento do modelo, porém, segue a mesma linha do Fit, sendo colocado como um “compacto premium” e custando mais do que os compactos convencionais como Chevrolet Onix e Volkswagen Polo.

Equipado com o mesmo motor 1.5 aspirado de 126 cavalos do irmão sedã, ele também compartilha as características do ótimo consumo de combustível, porém ao custo de um desempenho não muito empolgante. Não que seja ruim, mas ao acelerar um City Hatch 1.5, é bem improvável que isso gere muita adrenalina.

Apesar de ser um pouco menor que o Fit, principalmente em porta-malas, o modelo mantém o bom espaço interno e o sistema de modularidade dos bancos traseiros, que traz muito mais praticidade ao uso diário do modelo.

Honda HR-V

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O HR-V foi um dos maiores acertos da Honda no Brasil, apesar de ter demorado um pouco para chegar ao mercado. Isso porque o segmento de SUVs compactos no nosso país surgiu em 2003 com o Ecosport, e a Honda só lançou seu representante na categoria em 2015.

Se demorou tanto, ao menos se esperava um modelo bem acertado, e foi exatamente isso que aconteceu. Com o mesmo motor 1.8 que equipava os Civics de entrada e câmbio e plataforma de Fit/City, o modelo tinha tudo para dar certo. Não bastasse isso, o seu design era muito bonito, tanto externa quanto internamente.

A geração passada do modelo, porém, foi perdendo o apelo aos poucos, por conta da chegada de muitos novos concorrentes no mercado. Quando saiu de linha, em 2021, o modelo estava praticamente esquecido, enquanto assistia concorrentes como Jeep Renegade e Volkswagen T-Cross brigarem pela liderança do segmento.

O HR-V chegou de geração nova recentemente, com algumas polêmicas. A primeira, e mais notável, é que o antigo motor 1.8 deu lugar para o mesmo 1.5 de 126 cavalos que equipa a linha City. Apesar de nominalmente ele ser mais fraco que o anterior, no uso diário a queda de desempenho nem foi tão grande assim, sendo mais do que compensada pelo ganho no consumo de combustível.

Existe, para quem acha a versão 1.5 aspirada fraca, a opção de levar para casa o modelo equipado com o motor 1.5 turbo, o mesmo que equipava a versão topo de linha das gerações passadas do HR-V e do Civic.

Vale lembrar que o modelo é um dos SUVs compactos com melhor espaço interno, mas o porta-malas não é dos maiores O design do modelo também chama bastante atenção, com a frente imponente e a traseira esportiva, com caimento esportivo.

O HR-V se posiciona na parte de cima da categoria de SUVs compactos, cobrando R$ 151.200 pela versão de entrada, EX 1.5 aspirado. As versões mais caras, equipadas com o motor turbinado, porém, encostam nos R$ 200.000, assim concorrendo diretamente, em preço, com modelos de categorias superiores, como Volkswagen Taos e Ford Territory.

Honda ZR-V

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O ZR-V foi o lançamento mais recente da Honda no Brasil, e gerou muita polêmica por conta da motorização escolhida. Isso porque o modelo, atualmente, é o SUV do Civic, cargo que uma vez foi ocupado pela CR-V.

Acontece que com o passar dos anos, a CR-V acabou se descolando do Civic e subindo de nível, o que criou um espaço para um novo modelo na linha. Surgiu nos EUA, então, o ZR-V, que por lá é chamado de HR-V (o nosso HR-V não existe por lá), baseado no Civic e sendo algo entre um SUV e um crossover.

Isso porque se você olhar para um SUV propriamente dito e depois para o ZR-V, ele vai parecer um crossover. Se você olhar para um crossover propriamente dito, e depois para o ZR-V, ele vai parecer um SUV. No Brasil, porém, ele chega para concorrer no segmento de SUVs médios.

A polêmica fica por conta da motorização escolhida, que foi um 2.0 aspirado. Não se trata do mesmo motor que equipava o Civic da geração anterior, mas sim um motor mais moderno e que funciona somente a gasolina. Ele é o mesmo que equipa o Civic, porém lá ele é acompanhado por um sistema elétrico e serve muito mais como gerador do que qualquer outra coisa. No caso do ZR-V, ele é o responsável por mover o modelo, e não faz tão feio quanto se espera ao ver seus números de potência.

Talvez a polêmica seja mais por conta de o modelo não ser turbinado, mas pensando na proposta e no público alvo do modelo, a escolha da Honda até faz sentido. O objetivo é ser um carro grande e confortável para uma família, sem exageros, e mais do que isso, preencher o espaço entre o HR-V e o Civic no portfólio da Honda, ainda mais entrando em um segmento que é bastante disputado.

Fora a questão do motor, que gerou certo estranhamento, o resto do modelo é bem acertado. Em termos de dinâmica o modelo até surpreende, afinal, ninguém dá muito para ele ao olhar seu design pacato. A suspensão do tipo independente e as outras calibrações fazem com que o modelo tenha uma ótima estabilidade, muito parecido com o que se encontra, historicamente, no Civic, o que, na verdade, faz muito sentido, visto que os modelos são irmãos.

O espaço interno é bom, mas o porta-malas poderia ser maior, o que atrapalha um pouco na ideia do modelo de conquistar quem pensa em um uso familiar. Isso porque ele está disputando mercado com modelos como BYD Song Plus e seus quase 600 litros de capacidade. Se pararmos para pensar, na realidade o cliente que leva para casa um ZR-V é bem diferente de um que leva alguma das novidades chinesas, mas fato é que o Honda merecia um bagageiro maior do que os 389 litros.

Honda Civic

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O Civic causou muita polêmica quando voltou ao mercado por ter “subido de categoria”. A realidade é que isso foi uma jogada da própria Honda para tentar emplacar o modelo como uma coisa superior.

Basta uma pesquisa rápida no site da Honda dos EUA e descobrimos que a atual geração do Civic custa um valor muito próximo do cobrado pela Toyota no Corolla. A realidade é que, no Brasil, o Civic nunca conseguiu bater de frente, em vendas, com o seu rival, e na realidade a decisão da Honda de tentar descolar os dois modelos têm uma lógica envolvida.

De fato, atualmente, o Civic é um carro superior ao Corolla, o que acontece frequentemente por conta de os modelos serem atualizados em momentos diferentes. Assim, às vezes o Civic é melhor e mais moderno, e às vezes a situação se inverte. Aproveitando que o Civic está em vantagem, a Honda subiu o preço do modelo, tentando emplacar ele como um carro que esteja em outro nível em relação ao Corolla.

Isso teve influência direta nas vendas do modelo, que estão bem baixas. No final das contas, as pessoas acabam fazendo os cálculos e levando para casa o Corolla, ou gastando o mesmo que o Civic cobra, mas levando para casa um SUV médio. Vale lembrar que o segmento de sedãs médios no Brasil respira por aparelhos, sendo basicamente carregado nas costas pelas vendas do Toyota Corolla.

Além do fator preço e custo-benefício, a quantidade de Civics que estão sendo importados da Tailândia está sendo bem baixa. É uma pena, afinal, o modelo tem muitas qualidades. Além do excelente espaço interno e do conforto e estabilidade que são características de sedãs médios e, principalmente, do Civic, que sempre teve fama de ter uma excelente suspensão; o modelo conta com um sistema híbrido que funciona quase como um elétrico na maior parte do tempo.

Isso porque quem é responsável por mover o veículo é o motor elétrico, e o propulsor 2.0 aspirado, o mesmo do ZR-V, atua muito mais como gerador para o conjunto elétrico. Isso permite um excelente consumo de combustível e ótimos números de desempenho. Além disso, o conjunto de assistentes de condução semi-autônomas do modelo é bastante refinado, sendo difícil encontrar algum tão bem calibrado na faixa de preço do modelo.

Certamente o modelo seria um grande sucesso se custasse um valor mais próximo do seu rival Corolla, o que faria com que ele conquistasse uma quantidade do público do Toyota.

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