A categoria de SUVs é a mais badalada do mercado atualmente, e essa preferência do mercado pelos modelos mais altos foi construída ao longo dos anos, principalmente após o surgimento da categoria de SUVs compactos, que foi inaugurada com o Ford Ecosport em 2003.

A realidade é que, no geral, os SUVs são modelos mais usáveis no Brasil, que, sendo muito grande, apresenta diversos locais nos quais modelos mais baixos passam mais dificuldade. Apesar de isso, a primeira vista, parecer uma realidade apenas do interior do país, a verdade é que até mesmo os grandes centros passam por esse tipo de situação, e uma das coisas mais comuns ao rodar no asfalto em praticamente qualquer lugar do país é ter que desviar dos buracos e passar devagar nas lombadas exageradamente grandes ou nas valetas que são o terror de qualquer para-choque.

Assim, ao longo dos anos, os SUVs foram ganhando seu espaço no mercado por conta da altura em relação ao solo e posição de guiar mais elevada, e inclusive acabaram tomando o lugar de outras categorias, como a de hatchs médios, que praticamente morreu no país, e de sedãs médios, que respira por aparelhos e é carregada nas costas pelas vendas do Toyota Corolla.

Gostando ou não desse tipo de carro, a verdade é que vai ficar cada vez mais difícil não comprar um SUV, conforme esses modelos ganham mais mercado. Em 2022, por exemplo, a FENABRAVE divulgou que quase 44% dos emplacamentos do ano foram de SUVs, restando 56% para serem divididos em hatchs e sedãs compactos, médios e grandes, picapes e utilitários.

Vamos apresentar os cinco SUVs com melhor custo-benefício do mercado de acordo com o algoritmo do Virgola, que leva em consideração diversos fatores como nível de equipamentos, segurança, conforto, desempenho e custos como consumo de combustível, IPVA e desvalorização, apontando de maneira imparcial quais são os modelos da categoria que mais valem a pena.

Honda HR-V

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Em quinto lugar no ranking dos melhores custos-benefícios do mercado, temos um dos SUVs compactos mais queridos do mercado. Quando chegou por aqui em 2015 o modelo fez muito sucesso por juntar itens de vários carros aliados a características próprias que encantavam quem estava a procura de um carro dessa categoria.

Ele juntava o motor do Civic com o câmbio CVT da linha City, além do sistema de modularidade do banco traseiro herdado do Fit. Assim, ele tinha bom desempenho e consumo, bom espaço interno e bastante praticidade, além de um design bem bonito e uma lista de equipamentos boa, isso sem contar no excelente acabamento interno e console central elevado com freio de estacionamento eletrônico que dava um ar muito mais premium ao modelo.

Ele perdeu mercado ao longo do tempo, por conta da quantidade impressionante de concorrentes que entraram no mercado, e acabou saindo de linha em 2021, mas voltou no ano seguinte em nova geração, com muitas mudanças, algumas bem vindas e outras muito criticadas.

O estilo do modelo mudou e ele passou a ser um SUV com caimento cupê na traseira, o que deixa ele bastante moderno, porém o motor 1.8 aspirado deu lugar ao 1.5 aspirado, o que gerou muitas críticas, apesar de o desempenho não ter piorado muito e o consumo ter ficado ótimo. Essas versões aspiradas, porém, competem com versões topo de linha de modelos turbinados, o que pode tornar ele uma opção menos interessante para quem faz questão de acelerações vigorosas.

Existem ainda as versões turbinadas, que são consideravelmente mais caras, mas resolvem a questão do desempenho, se mostrando como excelentes modelos por ser até difícil apontar defeitos nas versões. De uma maneira geral o modelo conta com bom espaço interno, lista de equipamentos bem completa, inclusive contando com pacote ADAS (Honda Sensing) de série em todas as versões.

Fiat Fastback

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O Fiat Fastback foi um dos modelos mais esperados dos últimos anos, afinal, ele surgiu pela primeira vez no salão do automóvel em 2018 e só foi lançado em 2022, quatro anos depois, e muito diferente do que se esperava.

Isso porque o modelo apresentado como carro conceito no evento se tratava de um SUV médio derivado da picape Toro, o que o colocaria como um concorrente do Jeep Compass, porém os planos da Fiat mudaram e, como se sabe, o Fastback final de produção é um SUV compacto um pouco maior que o Pulse. Isso porque a Fiat achou mais interessante preencher o espaço que existia entre o Cronos e a Toro no seu portfólio com dois modelos, que foram o Pulse e o Fastback, tendo o primeiro chegado antes e testado o mercado para o segundo.

Os dois modelos fizeram bastante sucesso, e o Fastback é considerado por muitos o SUV compacto mais bonito do mercado, enquanto outros acham ele um tanto quanto desproporcional. Você sendo de um ou outro time, é preciso reconhecer que o modelo é, realmente, um grande acerto da marca italiana, e é até curioso pensar que ela é novata no segmento.

Enquanto marcas como a Jeep e a Honda estão atuando no segmento desde 2015, a Fiat entrou no segmento só em 2021 com o Pulse, mas essa demora teve bons resultados, afinal, ela conseguiu estudar muito bem o mercado e entregar produtos que atendem muito bem aos gostos do público que consome esse tipo de carro.

O Fastback tem um design muito chamativo, porte avantajado, rodas grandes e boa lista de equipamentos, além do motor turbo que garante boas acelerações e bom consumo. No geral, quem vai em uma concessionária da Fiat sai de lá com uma excelente impressão do modelo, mas vale lembrar que ele também tem seus pontos negativos.

A começar pelo mais notável quando se entra nele, que é o fato de que o espaço interno é bem reduzido, diferente do que acontece em concorrentes como o Hyundai Creta. Por aqui, mesmo dois adultos no banco de trás podem ficar incomodados com a proximidade entre eles, afinal, o modelo é estreito, e o espaço para pernas não é dos melhores, apesar da silhueta esticada. Todo o comprimento a mais que o modelo tem em relação ao Pulse está no porta-malas, que conta com excelentes 516 litros de capacidade.

Além disso, outro problema do modelo é o fato de que ele conta apenas com quatro airbags, o que a Fiat julgou como suficiente para o modelo, enquanto outros concorrentes contam com seis bolsas, garantindo mais segurança para quem viaja nos modelos. Vale lembrar, ainda, que o Pulse, que compartilha tanto a plataforma quanto os equipamentos de segurança, foi recentemente testado pelo Latin NCAP e conquistou apenas duas estrelas. Vale lembrar, porém, que o Fastback conta, a partir da versão Audace, com pacote ADAS, apesar de não contar com todas as funções, deixando de lado, por exemplo, o piloto automático adaptativo.

Volvo EX30

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O Volvo EX30 é uma aposta da marca sueca para entrar em um segmento que nunca atuou. Isso porque ela sempre esteve presente em categorias superiores, e o EX30 é a primeira tentativa de produzir algo mais “popular”, isso, claro, levando em conta o nível médio dos produtos da empresa.

O modelo é totalmente elétrico e conta com o clássico design registrado da marca, se tornando uma boa opção de compra para quem está pensando em entrar nesse mundo de carros premium, porém não tem bala na agulha para levar para casa um XC40. O EX30 simboliza um novo degrau, mais baixo, para facilitar esse acesso de quem tem interesse nos produtos da marca.

É fato, porém, que para fazer o modelo ficar mais barato, algumas coisas tiveram que ser excluídas do projeto, tendo ou não se ocultado sob o discurso de que o modelo é moderno e minimalista. Um bom exemplo disso é o acabamento, que é bem inferior aos materiais normalmente usados em modelos da Volvo. Dizem que ele é sustentável por ser obtido através de reciclagem, e isso é realmente ótimo, mas dizer que é do mesmo nível que os acabamentos macios encontrados em um XC60 seria uma grande mentira.

Além disso, o modelo não conta com quase nenhum botão, estando tudo incluído na multimídia, o que, além de economizar em diversos aspectos, ainda deixa o uso do modelo um tanto quanto dificultado, por você precisar sempre procurar na central o que está pensando em fazer. Fica até perigoso, por exemplo, se o motorista quer mudar a temperatura do ar-condicionado e precisa ficar tirando os olhos da pista para mexer no sistema de entretenimento.

No final das contas, porém, esses detalhes se perdem ao pensarmos que se trata de um Volvo que custa um valor semelhante a um Jeep Compass, pelo menos nas duas primeiras versões. Chega a ser até engraçado colocar os dois modelos lado a lado, visto que estaríamos comparando um modelo muito popular por aqui com um modelo da Volvo, que sempre foi tida como uma marca premium, e os dois custam valores próximos. De fato, é o carro com DNA premium mais barato do país atualmente, e se você está procurando uma experiência superior em termos de uso, ele é o melhor custo-benefício do mercado.

Vale lembrar, claro, que o modelo é totalmente elétrico, então ainda existem diversas dificuldades para o uso do modelo quando pensamos em infraestrutura, principalmente no contexto de viagens, afinal, nem todo lugar conta com um eletroposto a cada 300 km para carregar o carro elétrico, tornando várias viagens inviáveis. Se você se planejar bem, ou usar o carro apenas em ciclo urbano, porém, é possível curtir o modelo sem grandes dores de cabeça. Lembre-se de reservar um dinheiro para instalar um carregador de parede na sua casa, afinal, eles são muito mais eficientes do que ligar seu carro na tomada.

GWM Haval H6

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O Haval H6 é o segundo melhor custo-benefício de toda a categoria de SUVs, e esse lugar é muito mais do que merecido, afinal, ele, junto com seu compatriota BYD Song Plus, chegaram com os dois pés na porta do mercado.

Isso porque, até antes dele, o que se tinha era um reinado do Jeep Compass na categoria de SUVs médios, alguns concorrentes bons como Volkswagen Taos, mas que não conseguiam bater de frente com o líder, e alguns figurantes como a geração passada do Ford Territory ou o Mitsubishi Eclipse Cross.

O mercado foi totalmente balançado com o surgimento dos novos modelos chineses, e o Haval H6 se destacou logo no começo tanto pela excelente lista de equipamentos, potência e acabamento interno, além do design muito bem acertado. Além disso, vale lembrar que o modelo tem um espaço interno invejável e um porta-malas excepcional, e pelo tamanho, poderia até oferecer a opção de sete lugares, apesar de abrigar apenas cinco passageiros.

A lista de equipamentos das duas versões do modelo são similares, e a mudança fica por conta do sistema híbrido, afinal, o mais barato é um híbrido leve mais pacato, enquanto a versão de topo é um híbrido plug-in com quase 400 cavalos de potência. Vale lembrar, ainda, que o modelo possui um dos sistemas de ADAS mais avançados do país, se destacando frente aos concorrentes da mesma faixa de preço nesse quesito (já não bastasse os outros!).

Com todos os predicados que o modelo oferece, não é difícil entender a razão pela qual ele está fazendo tanto sucesso e muitos concorrentes não estão ficando parados. Houve grandes quedas nos preços de diversos modelos como Kia Niro, Mitsubishi Eclipse Cross e Chery Tiggo 8, além da nova geração do Ford Territory, que chegou muito mais moderno e custando menos do que a geração anterior. Parece, porém, que a Jeep não está tão desesperada com os novos concorrentes, afinal, não houve qualquer movimentação da marca em termos de baixa de preços ou atualização da linha atual, apesar de ela ter trazido de volta a versão Sport do Compass, que tinha saído de linha.

Como a GWM ainda é uma marca nova no mercado, muitas pessoas ainda têm receio de levar o modelo para casa, mas isso deve mudar com o passar do tempo, visto que os modelos começarão a ser produzidos nacionalmente em 2024, na fábrica que a montadora chinesa comprou da Mercedes-Benz em 2021.

Hyundai Creta

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Chegamos ao melhor custo-benefício de toda a categoria de SUVs compactos, e esse modelo é o Hyundai Creta. De fato, é difícil apontar um carro mais equilibrado que ele no segmento de compactos, e ele se destaca frente aos concorrentes por uma característica muito única, que é sua plataforma.

Enquanto a maioria dos SUVs compactos são derivados de modelos compactos, como é o caso do Honda HR-V, derivado do City, Volkswagen T-Cross, derivado do Virtus, Chevrolet Tracker, derivado do Onix, Volkswagen Nivus, derivado do Polo, etc, o Creta não segue o mesmo caminho. Pensando no padrão do mercado, o modelo seria derivado do HB20, mas não é isso que acontece, e na verdade ele tem como base a plataforma do Elantra, que é um sedã médio.

Para entender melhor, isso seria como se o Volkswagen T-Cross fosse derivado do Jetta, ou a Chevrolet Tracker fosse derivada do Cruze. Isso fornece ao Creta uma vantagem bem grande em termos de qualidade construtiva, e tornando um modelo com mais refino. Essa plataforma superior, porém, tem um custo maior, o que fez com que a Hyundai economizasse um pouco em alguns aspectos, afim de adequar o modelo a faixa de preço que eles pretendiam inseri-lo, e o principal ponto foi o acabamento, que não é dos melhores.

Não é que ele seja feio, afinal, na realidade o desenho é bem bonito, mas é todo composto por plásticos duros e com o tempo a tendência desses plásticos é ressecar e começar a fazer alguns barulhos. Se serve de consolo, nessa categoria isso é bem comum, e fogem dessa regra apenas alguns modelos como Jeep Renegade e Chery Tiggo 5X.

Outro ponto que pode ser um problema no Creta é o desempenho das versões turbinadas, que não é nada demais. Para quem gosta de andar rápido, provavelmente não irá ficar satisfeito, mas para isso existe a versão equipada com motor 2.0 aspirado, que apesar de não ser turbinada, garante ótimos números de desempenho e um consumo não muito diferente. Falando nisso, um dos destaques do Creta é a excelente economia de combustível.

No final das contas, quem faz um test drive em algum concorrente e pega o Hyundai Creta para dirigir tem a nítida impressão de que se trata de um modelo de categoria superior, e isso acontece por conta da sua plataforma de carro médio. O isolamento acústico é muito bom, a estabilidade do modelo é um diferencial e o acerto de suspensão é excelente, garantindo muito conforto. Além disso, o espaço interno é bem amplo e o porta-malas tem uma boa capacidade, tornando o modelo um dos SUVs compactos mais equilibrados do mercado, o que justifica seu grande sucesso desde que foi lançado, em 2016.

Os cinco melhores SUVs do mercado