A categoria de SUVs compactos é uma das mais movimentadas do mercado nacional, além de ser uma das que mais tem competidores. Chega a ser até difícil listar todos eles sem esquecer de nenhum, afinal, várias marcas tem um ou mais modelos representando ela no segmento.

Assim, existe uma grande variedade de estilos de SUVs compactos, tornando a categoria um pouco diferente. Isso porque, apesar de todos serem SUVs, existem os que são menores e normalmente se posicionam como os mais baratos da categoria, como o Fiat Pulse, e os maiores e mais caros, como o Honda HR-V. Ainda, existem alguns que não seguem o padrão de formato de um SUV e apostam em um caimento cupê, como o Fiat Fastback, enquanto outros seguem o padrão, como é o caso dos dois modelos escolhidos para esse comparativo.

Aliás, os dois modelos se posicionam na parte superior do segmento de SUVs, contando com mais espaço para os passageiros e uma lista de equipamentos mais completa, além da opção de motorizações mais potentes. No geral, ambos os modelos são bastante próximos como produto, e a decisão entre um ou outro recai sobre preferências pessoais como conforto ou desempenho, além de outros como o fato de a Volkswagen dar as três primeiras revisões grátis, ou a Hyundai oferecer cinco anos de garantia.

Falando um pouco sobre os dois modelos, começando pelo coreano, uma coisa importante a se pontuar sobre ele é que ele é diferente dos outros SUVs compactos os quais derivam de modelos compactos. No caso do Creta, ele usa a plataforma do Hyundai Elantra, que é um sedã médio, o que concede ao modelo uma grande vantagem em termos de construção e, consequentemente, estabilidade e conforto. Fato é que a impressão ao entrar e rodar com um Creta é que você está dentro de um modelo de categoria superior, seja pela solidez, espaço interno ou isolamento acústico, que são diferenciais do modelo.

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A plataforma do Creta é um trunfo do modelo na categoria.

O T-Cross não tem tanto refino na construção, apesar de sua plataforma ser muito boa. Isso porque ele é construído sobre a plataforma modular MQB da Volkswagen, a mesma que serve de base desde para o Polo até para a Tiguan, claro, com variações. A que está presente no T-Cross é a mesma do Virtus, ou seja, é a do Polo, porém com entre-eixos alongado, o que garante um ótimo espaço interno para o modelo alemão. Essa configuração é bastante boa e é acompanhada de motores competentes que garantem um bom desempenho ao modelo, porém vale lembrar que ele tem o acerto de suspensão típico dos modelos da Volkswagen, mais rígidos e não tão confortáveis para o uso diário, apesar de garantirem boa estabilidade em altas velocidades.

Vamos te contar o que cada um dos modelos tem de pontos positivos e negativos e, assim, tentar te ajudar a decidir qual dos dois seria a melhor compra para você.

Desempenho e Consumo do Creta 2024 e T-Cross 2024

Para começarmos a olhar com mais atenção os aspectos mais técnicos dos dois modelos, precisamos, primeiro, apontar quais versões serão usadas para esse comparativo, afinal, ambos os modelos oferecem mais do que um tipo de motorização. Por similaridade de preços, se enfrentarão por aqui duas versões que fazem muito sucesso com quem busca um SUV compacto zero km para chamar de seu, que são o Hyundai Creta Platinum Safety e o Volkswagen T-Cross Comfortline.

Ambos possuem conjuntos mecânicos parecidos nominalmente, mas bastante distintos na prática. Isso porque os dois oferecem motor 1.0 turbo de três cilindros e câmbio automático com conversor de torque e seis marchas. Os números, porém, são diferentes, visto que o Creta conta com 120 cavalos e 17,5 kgfm de torque, enquanto o T-Cross leva a melhor com 128 cavalos e 20,4 kgfm de torque.

A diferença de desempenho entre os modelos é notável. Os quase três quilos de torque a mais no modelo alemão garantem muito mais agilidade no uso diária, além de mais força nas acelerações e retomadas na estrada. O tópico desempenho é um dos maiores pontos negativos do Creta equipado com motor 1.0, afinal, ele realmente fica devendo. As acelerações de 0 a 100 km/h do modelo ficam em torno de 11,5 segundos, mais de um segundo mais devagar do que o T-Cross, que cumpre a tarefa em 10,4 segundos.

Em termos de consumo, ambos os modelos são bastante equivalentes em termos de ciclo urbano, afinal, o Creta consegue médias de 8,2 km/l com etanol e 12,0 km/l com gasolina, enquanto o T-Cross faz 8,2 km/l com etanol e 11,9 km/l com gasolina. A grande diferença fica por conta do consumo em ciclo rodoviário, quando o T-Cross se destaca bastante, com médias de 10,1 km/l com etanol e 14,3 km/l com gasolina, enquanto o Creta consegue apenas 8,9 km/l com etanol e 12,2 km/l com gasolina.

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O T-Cross ganha do Creta tanto no desempenho como no consumo.

Considerando que o T-Cross tem um desempenho melhor e ganha no consumo, fica claro que o modelo alemão leva muita vantagem nesse tópico. Vale lembrar que as versões topo de linha dos modelos são equipadas com outros motores, sendo o Creta um 2.0 aspirado que garante um desempenho muito superior ao da versão 1.0 turbo com um pequeno acréscimo no consumo, e o T-Cross oferece o 1.4 turbo, o mesmo que equipou modelos como Golf e Tiguan, que dispensa comentários, garantindo um desempenho excepcional e um consumo de combustível bastante condizente.

Espaço, conforto e equipamentos do Creta 2024 e T-Cross 2024

Ambos os modelos são bastante espaçosos e três adultos viajam com relativo conforto no banco traseiro, apesar de o Creta levar um pouco de vantagem nesse quesito. É fato, porém, que o que mais atrapalha ambos os modelos é a largura, o que faz com que três ocupantes no banco traseiro fiquem encostando seus ombros uns nos outros, caso sejam grandes.

Nenhum dos modelos tem um porta-malas impressionante, mas o Creta também leva vantagem nesse quesito por conta de seu bagageiro de 422 litros, frente aos 373 litros do T-Cross. Ambos os modelos tem boa altura em relação ao solo, com vantagem para o modelo alemão, porém vai ser bastante difícil raspar quaisquer um dos dois modelos no uso diário.

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O espaço interno dos dois modelos é bastante bom.

Vale lembrar ainda que a suspensão do Creta é consideravelmente mais confortável no dia-a-dia. Desde que foi lançado, o modelo sempre disputou o título de mais confortável da categoria com o Jeep Renegade, e não é por menos, afinal, ambos os modelos tem uma excelente calibração da suspensão, tornando o uso do modelo muito tranquilo, situação diferente do que acontece com o T-Cross, que tem um acerto muito mais rígido, privilegiando a estabilidade, o que pode, por vezes, punir quem está dentro do carro ao passar por ondulações no piso. É importante citar, porém, que o T-Cross é mais confortável do que o irmão menor, Nivus, mostrando que a Volkswagen se preocupou em tentar trazer um conforto a mais para o modelo, mas sem deixar de lado seu DNA.

A lista de equipamentos dos dois modelos é bem completa, mas o Creta leva vantagem por oferecer alguns itens a mais, principalmente quando pensamos na praticidade. Por conta dessa lista de equipamentos mais recheada no modelo coreano, começaremos contando o que o T-Cross entrega e, após isso, quais as diferenças para os itens de série do Creta.

Começando a falar do T-Cross, ele conta com cinco estrelas nos testes de colisão, resultado da excelente estrutura e da boa lista de equipamentos de segurança, composta por seis airbags, controles eletrônicos de estabilidade e tração, freios à disco nas quatro rodas, luzes diurnas em LED, faróis de neblina, alerta de fadiga do motorista, frenagem autônoma, limpador do vidro traseiro, alerta de pressão dos pneus e assistente de partida em rampa.

O Creta também conta com cinco estrelas nos testes de colisão, mas adiciona alguns itens a mais nessa lista, sendo eles os faróis com projetor, assistente de permanência em faixa, alerta de ponto cego e comutação automática dos faróis.

Continuando a falar do T-Cross, ele conta com piloto automático adaptativo, direção elétrica, ar-condicionado automático com saída para o banco traseiro, porta USB para quem viaja atrás, ajustes de altura e profundidade do volante revestido em couro, ajuste de altura e lombar no banco do motorista, descansa braço central dianteiro, tapetes, sensores de estacionamento dianteiros, câmera de ré, vidros elétricos nas quatro portas com função de um toque para subida e descida, para-sóis com espelho e iluminação para motorista e passageiro, volante multifuncional, ajustes elétricos dos retrovisores, rebatimento elétrico dos retrovisores, destravamento interno e remoto do porta-malas, destravamento interno do tanque de combustível, travas elétricas, alarme, chave presencial com sistema de partida por botão, acendimento automático dos faróis e carregador por indução.

No geral o Creta oferece uma lista bastante similar, mas muda alguns tópicos como por exemplo o fato de ele perder o piloto automático adaptativo, que no caso do coreano é do tipo convencional, o ajuste de lombar para o banco do motorista e os sensores de estacionamento dianteiros. Por outro lado, ele ganha resfriamento dos bancos dianteiros, revestimento de couro nos bancos, sistema de câmeras 360º para auxílio em manobras, limpadores de para-brisas com acionamento automático e freio de estacionamento eletrônico com função auto-hold.

Fecha a lista de equipamentos do T-Cross a central multimídia de 6,5 polegadas com rádio, conexão bluetooth, USB e espelhamento com fio de Android Auto e Apple CarPlay, além do painel de controle totalmente digital e configurável.

O Creta é um pouco diferente, pois apesar de oferecer um painel digital, o mesmo não tem o mesmo nível de tecnologia do que está no rival alemão. Por outro lado, a central multimídia conta com 10,2 polegadas, sendo muito maior que a do T-Cross, além de ganhar espelhamento sem fio e navegação nativa.

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O Creta leva vantagem na lista de equipamentos.

Qual mais vale a pena?

No fim das contas, os modelos apostam em lógicas um pouco parecidas, oferecendo mais espaço interno e itens de série, porém cobrando mais caro por isso. Ao menos nas versões comparadas por aqui, o Creta leva vantagem em quase tudo, menos quando o assunto é motor e seus derivados, que são o desempenho e o consumo.

Assim, fica a critério do comprador pensar sobre qual vai ser o uso do modelo. Se, por exemplo, ele for apenas usado na cidade, o consumo é bastante próximo, o modelo não precisa acelerar com tanta vontade e, assim, o Creta tem muita vantagem. Por outro lado, se o carro será usado em viagens, o T-Cross se torna cresce aos olhos por conta do motor mais forte e eficiente em termos de economia de combustível, apesar de ter alguns equipamentos a menos no geral.

T-Cross 2024 vs Creta 2024: batalha entre dois dos SUVs compactos mais vendidos do mercado!