Muito provavelmente você já deve ter ouvido falar na Tabela Fipe. Ela é um dos principais pontos levados em consideração para trocar ou comprar um carro, principalmente na hora da negociação. Mas será que você sabe exatamente o que é a Tabela Fipe?
Confira aqui todos os segredos que você precisa saber pra não se confundir na hora de trocar seu carro e não cometer os 3 erros de quem usa a Tabela Fipe.
Afinal, o que é Tabela Fipe?
A Tabela Fipe foi criada na década de 90, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), um órgão que presta seus serviços ao governo e empresas privadas. Na sua criação, o objetivo era produzir um guia para quem está envolvido na compra e na venda de carros. Ou seja, mensalmente publicar qual foi o preço médio de venda de cada versão específica dos carros.
Isso é feito através de uma pesquisa mensal, na qual a instituição colhe os preços praticados de carros, motos e caminhões novos, seminovos e usados. Mas aqui temos o primeiro ponto importante: ela leva em consideração somente vendas feitas para o consumidor final. Vamos tratar sobre isso mais adiante.
Depois de coletar as informações, vem o segundo ponto importante: são desconsiderados os preços muito acima e os muito abaixo da média. Somente depois disso, o preço médio é calculado e publicado. Sendo assim, o valor na Tabela Fipe representa a média de preço que aquele carro está sendo vendido. Esse segredo é novidade pra você, né?
O terceiro e último ponto de atenção é que a Fipe não distingue regiões do país, ou seja, aquele preço médio que você e utiliza como referência para comprar ou vender um carro coloca todos os carros vendidos no Brasil no mesmo pote.
É claro que a tabela Fipe é uma ferramenta muito utilizada no mercado de carros, mas como qualquer ferramenta é preciso saber como e para quais fins utilizar. Deixa que a gente te ajuda nessa!
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Como utilizar a Tabela Fipe?
Cuidado com os 3 erros de quem usa a Tabela Fipe. Eles são cruciais para que você utilize a Tabela Fipe de forma adequada e faça um ótimo negócio.
Está vendendo para um consumidor final?
Aqui a questão é simples: você está vendendo o seu carro para um consumidor final? Se a sua resposta for sim, a Tabela Fipe é um boa referência. Mas se não estiver vendendo para um consumido final, então usar a Tabela Fipe será como perseguir um sonho quase impossível. Afinal, como seria possível alguém comprar o seu carro por R$50.000 com o objetivo de vender para uma outra pessoa pelos mesmos R$50.000?
É aqui que mora o problema das propagandas que dizem "pagar 100% da Tabela Fipe no seu usado". Como isso seria possível? Esse tipo de estratégia, na verdade, é apenas uma forma de fazer você pensar que fez um excelente negócio. Aqui está o segredo: nada mais é do que um jogo de números.
A gente te explica: quando você chega na concessionária para comprar um carro sem usado na troca, o vendedor provavelmente vai te dar um desconto em relação ao preço de tabela. Vamos supor que seja um desconto de R$5.000.
Mas se na mesma loja, com o mesmo vendedor, você optar por comprar um carro com usado na troca, provavelmente ele vai usar aqueles R$5.000 para valorizar o seu usado e não vai te dar desconto no carro zero. Pois é, esse é o primeiro erro de quem usa a Tabela Fipe.
Por isso, não se engane, para fazer o melhor negócio, o ideal é vender o seu usado para um consumidor final, para conseguir chegar o mais próximo do valor da Fipe. Somente depois, ir até a concessionária com o dinheiro na mão e conseguir um desconto de verdade no carro que quer comprar.
Você quer o melhor preço de verdade?
Lembra que comentamos que a Fipe exclui os preços que ficaram muito fora da média? Mas e quem está comprando, não está procurando pelo menor preço? E quem está vendendo não quer vender pelo maior preço? Por isso, cuidado com o segundo erro de quem usa Tabela Fipe. Você poderia vender seu carro por um preço bem maior do que a Fipe ou comprar seu carro por um preço bem menor do que a Fipe.
Pense na seguinte questão: você precisa adivinhar quantos dedos seu sobrinho tem nas mãos naquela clássica brincadeira. Eu te digo que, historicamente, seu sobrinho mostra 1 dedo em 50% das vezes e 5 dedos nas outras 50% ocorrências. Se você for levar em consideração a média, que é 3, irá dizer que ele vai mostrar 3 dedos e vai acabar errando em todas as vezes.
Sendo assim, é importante considerar que utilizar a média como única ferramenta pode te levar ao erro e que o verdadeiro bom negócio geralmente está fora da média.
Será que nada muda ao negociar em estados diferentes?
Fazer negócio em diferentes regiões do país tem suas diferenças. Isso acontece por vários motivos, mas o principal deles é a lei da oferta e da demanda, ainda mais quando falamos de carro.
Pensa com a gente: imagina a dificuldade de transportar um produto desse tamanho e valor de um lugar para o outro. Por exemplo, se um carro está em Fortaleza-CE, é mais provável que ele seja vendido para alguém da região e não para um cliente de Porto Alegre-RS, pois o custo de transporte seria muito alto.
Por exemplo, considere que em Fortaleza existe apenas 1 carro que a cidade inteira está querendo comprar. Já em Porto Alegre, existem 10 carros do mesmo modelo e ninguém está interessado em comprar. Muito provavelmente, o preço em Fortaleza será mais alto do que o preço em Porto Alegre, pois quanto mais gente querendo comprar, maior o preço.
Mas, se a gente tivesse falando de um produto mais fácil de ser transportado, os apaixonados compradores da capital cearense poderiam comprar o produto em Porto Alegre por um preço mais baixo e contratar um serviço de transporte barato, como os correios. Mas, claramente, esse não é o caso para compra e venda de carro.
E quando o assunto é carro zero?
Cada montadora estuda bastante os seus concorrentes para determinar o preço de venda de seus carros. Esse preço é publicado em seus sites e passado para as concessionárias de todo o país. Mas, como o próprio nome diz, é apenas um preço sugerido, ou seja, as concessionárias podem vender seus carros acima ou abaixo do preço. A Fipe, por sua vez, vai trabalhar com a média desses valores, assim como já explicamos.
Antes de continuarmos, um ponto importante: as montadoras são obrigadas por lei à venderem os carros no preço publicado em seus sites ou em suas propagandas. Mas caso exija esse direito, você terá que ir até uma concessionária e fazer um pedido junto à fábrica para que seu carro seja produzido, o que provavelmente levará um tempo.
O fato é que o preço sugerido é um balizador de mercado ditado pelas fabricantes e as concessionárias tentam ao máximo realizar as vendas o mais próximo possível do preço sugerido, pois é dessa forma que o lucro fica mais saudável para a loja.
Mas claro que o preço na concessionária depende de muita coisa. Por exemplo, suponha que exista mais de uma concessionária na sua região. Se uma delas estiver com um carro parado em estoque por muito tempo, é bem possível que ela diminua o preço do carro em questão, para conseguir vender e tirar o carro do estoque. Sendo assim, ela vai ter um preço bem menor do que as outras que receberam exatamente o mesmo carro há poucos dias. Afinal, elas têm liberdade para ditar o seu preço de acordo com a necessidade.
O terceiro erro de quem usa a Tabela Fipe é achar que está com o menor preço na mão. Sabemos que identificar essas oportunidades e conseguir negociar é um dos grandes segredos para comprar um carro zero no menor preço possível. E foi por esse motivo que o Virgola foi criado. Facilitamos a vida de quem quer comprar um carro zero e negociamos de forma personalizada com as concessionárias da sua região para te trazer o melhor negócio possível, não deixando nenhuma oportunidade escapar.
Aqui no Virgola, essa parte chata fica com a gente. Sim, a gente que negocia com as concessionárias por você. Não tem erro. Você diz o carro que procura, conta pra gente de qual cidade você é, e a gente inicia as negociações na sua região. Assim, você garante o menor preço e faz o melhor negócio.
Curtiu os 3 erros de quem usa a Tabela Fipe? Que tal aproveitar e encontrar o menor preço do seu 0 km na sua região? A negociação é com a gente.
Referências
